Ás vezes na imensidão de pensamenos que vivem afogados pelo meu corpo formam-se imagens de memórias, tão nítidas que, de repente, sou lá.
Sou lá. Não importa quem, onde, como, quando esteja quando este isto me invade.
Eu SOU lá. Que loucura!
Não é um banal "estar lá". Isso é para os outros, aqueles que lembram apenas, que reescrevem a história na cabeça, de cada vez diferente. É ser! Mesmo!
Estar é presenciar, ver, ser visto, pouco mais.
Eu SOU. Sinto tudo. É tão breve mas é TÃO tudo.
Sinto a camisola bege picar, a borbulha doer, o amor nascer a medo, a saudade crescer na distância, o meu falar igual ao teu, a juventude dos anos que na altura ainda não tinha, o olhar fixado em...
Um olho...
Uma boca...
Uma mão...
Um cigarro...
Desapareceu. Tão depressa como veio.
E sou aqui outra vez.
E depois estou EU. Eu como nunca estive!
Porque em escassos segundo fui lá e fui aqui, e são os lás e os aquis que fazem de mim EU.
Estas loucas viagens da memória...
sábado, 20 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Olá senhor acaso
Era uma vez um senhor chamado Acaso. Sem nome próprio, apenas Acaso.
Dispensa apresentações, porque penso que este “indivíduo” chamemos-lhe assim, é conhecido de todos e de ninguém, consoante as visitas que o meu post tenha.
Não, o Senhor Acaso não é um indivíduo. Prefiro “força”.
É aquela força que faz as coisas imprevisíveis e indesejáveis acontecerem. Aquela que move a mesinha da sala e a põe a à nossa frente quando estamos atrasados. A mesma força que tem o poder (passo a redundância) de proporcionar um inacreditável desencontro com o amigo com quem combinámos num sítio quando um dos dois não tem bateria no telemóvel e, simultaneamente, de colocar no nosso campo de visão alguém que seria verdadeiramente embaraçoso encontrar, quando aquele caminho não faz parte da rota diária de nenhum dos dois.
Muita gente diria que é uma curiosa coincidência. Outros que é o místico destino a fazer o seu trabalho.
Eu culpo o Senhor Acaso. Ele é mais do que física, ultrapassa o conceito de duas massas que estão presentes no mesmo sítio e fazem algo acontecer. Mas é um pouco menos do que uma coisa mística e super misteriosa que controla tudo e todos e que tem sempre um propósito para os seus actos.
O Senhor Acaso está mais para uma criança inocente com vontade de brincar. E tal como muitas das crianças é cruel e inconsequente. Tem vontades, impulsos. Depois de jogar o seu jogo pode rir-se muito ou pode não achar a brincadeira nada de especial. Mas os peões já foram jogados e catástrofes já foram causadas. Ou não. Seja como for.
E agora Senhor/Menino Acaso? Estou zangada contigo. Não teve piada…
Não, o Senhor Acaso não é um indivíduo. Prefiro “força”.
É aquela força que faz as coisas imprevisíveis e indesejáveis acontecerem. Aquela que move a mesinha da sala e a põe a à nossa frente quando estamos atrasados. A mesma força que tem o poder (passo a redundância) de proporcionar um inacreditável desencontro com o amigo com quem combinámos num sítio quando um dos dois não tem bateria no telemóvel e, simultaneamente, de colocar no nosso campo de visão alguém que seria verdadeiramente embaraçoso encontrar, quando aquele caminho não faz parte da rota diária de nenhum dos dois.
Muita gente diria que é uma curiosa coincidência. Outros que é o místico destino a fazer o seu trabalho.
Eu culpo o Senhor Acaso. Ele é mais do que física, ultrapassa o conceito de duas massas que estão presentes no mesmo sítio e fazem algo acontecer. Mas é um pouco menos do que uma coisa mística e super misteriosa que controla tudo e todos e que tem sempre um propósito para os seus actos.
O Senhor Acaso está mais para uma criança inocente com vontade de brincar. E tal como muitas das crianças é cruel e inconsequente. Tem vontades, impulsos. Depois de jogar o seu jogo pode rir-se muito ou pode não achar a brincadeira nada de especial. Mas os peões já foram jogados e catástrofes já foram causadas. Ou não. Seja como for.
E agora Senhor/Menino Acaso? Estou zangada contigo. Não teve piada…
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
O que é isso?
Uma das poucas coisas que aprendi em semiótica. Talvez a única.
Podia citar uma definição, mas parece-me mais adequado explicar or palavras minhas.
Angústia da Influência é um sentimento do qual padecem alguns pseudo-escritores (nos quais me incluo). Este sentimento consiste na sensação de que tudo o que haveria para ser dito ou escrito já o foi, nomeadamente por alguém mais competente do que eles (nós) próprios, por isso de pouco ou nada adianta escrever seja o que for. E não escrevem. Ou têem imensa dificuldade em fazê-lo, daí ser chamado de angústia, porque o é de facto. É estupidamente incapacitante.
Pois bem, eu sofro imenso desta angústia, ou fobia, ou mania, ou o que lhe quiserem chamar, por isso a criação de um blog é um passo para tentar ultrapassá-la e deixar de privar o mundo das minhas ideias.
Que se lixe a influência!
Podia citar uma definição, mas parece-me mais adequado explicar or palavras minhas.
Angústia da Influência é um sentimento do qual padecem alguns pseudo-escritores (nos quais me incluo). Este sentimento consiste na sensação de que tudo o que haveria para ser dito ou escrito já o foi, nomeadamente por alguém mais competente do que eles (nós) próprios, por isso de pouco ou nada adianta escrever seja o que for. E não escrevem. Ou têem imensa dificuldade em fazê-lo, daí ser chamado de angústia, porque o é de facto. É estupidamente incapacitante.
Pois bem, eu sofro imenso desta angústia, ou fobia, ou mania, ou o que lhe quiserem chamar, por isso a criação de um blog é um passo para tentar ultrapassá-la e deixar de privar o mundo das minhas ideias.
Que se lixe a influência!
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